segunda-feira, 3 de março de 2014

Pensamentos | O Sim.


REALMENTE NÃO SIRVO PARA ISSO. VOU DESISTIR.

Passava pela cabeça inúmeras vezes, tentava  fugir do emaranhado de certezas, alegrias e realizações, e não adiantava, tudo voltava como a lei do Eterno Retorno, "A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez – e tu com ela, poeirinha da poeira!“.

O impressionante é o tamanho desconforto na vontade de resistir, que desistir, é terrivelmente impotente perto da certeza que há.

Tudo é analisado seja pelo sistema dopaminérgico ou pelo criterioso silogismo.

Tudo é pesado e levado em consideração. O sim e o não, o possível e o impossível; para quê isso ou para quê aquilo, e assim por diante...

A vontade de resistir, persiste, e o que lhe resta fazer para  mudar? Era preciso ser palpável!

[Era preciso bular o medo de, escolher, "desistir"]

Tinha que criar uma maneira extremamente real, encorajadora, desafiadora para uma mente tão critica.

Precisava mostrar todos os meios como um fim solido mas amplo de possibilidades. A persona da mente é muito exigente, não irá aceitar qualquer coisa como "nova escolha". Pois gosta de ser diferente, gosta de desvendar, gosta de colher frutos e sentir novos prazeres que desconhece em si.

É, realmente, não é nada fácil de agradar.

[Eis que surge o clarão]

Foi como um namoro, olhar de soslaio, caminhar pela mesma viela diariamente até que fosse percebida. Procurei conhecer melhor seus gostos, comecei a gostar mais do que gostava, até que fomos apresentados. Tornamo-nos amigos, conversávamos pouco, mas, o suficiente para encantar-me a cada dia por toda um brilhantismo que o envolvia. Era inovador, ousado, mas cheio de receios, também. E quando se tratava de algo que acreditasse, era fiel, critico e muito observador.

[O desafio maior]

Como posso conseguir mudar esse eu tão decidido que sempre encontra as melhores opções para continuar. As vezes as opções passam despercebidas diante da turba.

[Que desafio!!]

Continuei conhecendo-o melhor, as vezes precisávamos nos afastar para poder observa-lo, sem muito julgar, ou  ficar sem vê-lo alguns dias para impactar-me ao encontro.

[Fascinava-me]

Precisava convencê-lo. Porque toda vez cedia e não podia mais manter isso.

Um belo dia acordei decida e certa de que ia conseguir mostrar-lhe que a nova opção era tão boa quanto persistir.

Convidei para uma pequena pausa durante a noite, antes de dormir.

Sentei diante e falei:

Hoje foi um dia muito importante para mim. Hoje consegui entender o que estava passando.

Ao longo desse tempo percebi que nunca tive um não, e que em todo o momento,estávamos diante de um sim, só que o medo evitava-o. Sei que é difícil de entender, mas é a verdade.

Não é atoa que resistia com facilidade. Estávamos lidando o tempo todo com o SIM.

É o sim que nos dá opções e melhor escolhas, (sempre!)
É o sim, que nos cega das dificuldades,
É o sim, que nos alimenta com felicidade toda vez que a caminhada está puxada, que o corpo não consegue mais andar, mas o sim, vem e arrebata de perseverança;

Como não pude entender esse tempo todo?

Simples, meu amigo. O medo nos impede de enxergar que somos poderosos e capazes de conquistar nossos próprios desafios. Ele tem o medo de perder para o próprio medo, por isso quer que os outros sinta-o ao invés dele mesmo enfrenta-lo.

É, caro amigo, simplesmente complicado mas  é possível mudar.

Agora você escolhe se quer fechar ou abrir essa porta.


Close up of keyhole and key : Stock Photo

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