terça-feira, 7 de outubro de 2014

Pensamentos | Diálogo qualquer

- Morri.

- Morreu?

- Uau, Como é aí?
[Curiosidade duvidosa]

- Tem frutas de todas as épocas na mesma estação. Tem Nutella! Árvore de Nutella!
[Exaltação de criança]

Tem vaca leiteira de Toddynho; cachoeira de água quente, dunas de Marshmallow rosa.
[Olhos brilhantes como de um mangá japonês]

As vezes chove coco ralado, e no ar, existe musica. Aqui nossas vidas tem trilha sonora!
[Pequeno espanto]

- Hahaha. E Deus? E as perguntas existenciais?

- Existem. Ele é gente boa pra caramba. Mas ninguém ganha dele no poker.

- De vez em quando surfamos juntos. Mas quando queremos discutir sobre a vida, sentamos perto

de um lago. Colocamos os pés descalços na água morna, colocamos um vinil na vitrola, ele também gosta de Jazz, e sempre deixa eu escolher o disco da vez. Perto de cada lago há uma vitrola e muitos livros ao arredor. [Explica] 




[Uma pausa para o interlocutor tentar montar as peças]




-...Como eu dizia, ele gosta muito de ouvir, diz que aprende mais quando escuta do que quando fala.

- Diz que o problema de quem questiona sobre existências diversas é que muitas vezes a pessoa só que saber os porquês e não, tratar de, realmente, procurá-los. Tem que ser uma pessoa como aquele que quer tratar a causa e não o efeito, entende?

- Quando o assunto é amor. Ah! Aí ele gosta de falar. Por que também é um ótimo poeta.




- Certa vez ele me disse:




Já perdi tanta coisa

que nunca ganhei

Que quando percebo que perdi

Faço uma breve pausa, quase uma oração.

respiro fundo e solto o ar

E pronto.

Estou leve

e pronto para mais um amor.


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