....Sentada no banco em frente a praça do bairro, onde ficava todos as tardes, apreciava as pessoas que traziam seus filhos para brincar, os casais que por ali caminhavam de maos dadas, os olhos brilhavam ainda mais nos dias de sol. Achava tão lindo aquilo que, sem perceber, meu sorriso cumprimentava-os, as vezes, a face corava, mas eles eram compreensivos e retribuiam cheios de carinho. Algumas vezes ia pela noite, quando o dia era corrido, e o que antes brilhava, irradiava de charme e minúcia, eram agora, holofotes que davam vida as sombras nas arvores dos corpos que passarelando pelas calçadas próximas, fazia outros corpos sombreados, e assim, a noite era cheia de detalhes, sincronidade e mistério. Cada toque dos pés nas folhas secas, um arrepio, que ao mesmo tempo era da brisa gelada, as maos, no bolso para aquecer alguma parte do corpo, ajudava o psicologico, mandando a informação de aquecido. Só que o resto do corpo se movimentava, quase que robotico, pelas ruas semi-vázias do negro luar.

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