segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Instantes....

O poeta que atormenta com prazer a noturna jornada dos sonhos,
tenta banhar a solúvel mente do ser que o espera.
Os lábios se movimentam com brandura,
eis alguns silábicos para desabrochar o enredo.
Os olhos abertos fixados em um ponto inexistente.
As palavras flutuam na doce garganta
de aroma sutil, como canela.
Es como invocar os pontos azuládos brilhantes no céu, ou à enorme massa flutuante que irradia e
clareia a negra chama do nocturno.
Balbucia-se alguns instantes, mas logo
o doce poema se abra como
a pétala de uma rosa.
Para tanto, dissipa-se, com o fechar dos olhos....


O poeta,  pérola negra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário